Julgamento do homicídio do Cacique Mig será realizado amanhã em Passo Fundo (RS) (06/03/2023)

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Inicia amanhã (7/3), em Passo fundo, a sessão plenária de julgamento pelo Tribunal do Júri Federal do homicídio do cacique Antonio Mig Claudino, morto em 2017. Os trabalhos serão presididos pela juíza federal substituta Priscilla Pinto de Azevedo, da 3ª Vara Federal de Passo Fundo, no Salão do Júri da Comarca Estadual de Passo Fundo, em razão do espaço físico.

O crime ocorreu no dia 20 de março de 2017, por volta das 19h, em  frente ao “Bar do Chei”, na Linha Alto Recreio, Terra Indígena de Serrinha, em Ronda Alta/RS. Os réus, incluindo o mandante, teriam preparado a emboscada, sendo que o atirador chegou de carro e já saiu atirando. A vítima foi alvejada por cinco disparos de arma de fogo, tendo morrido no local.

Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, o crime teria sido praticado por vingança, uma vez que um dos acusados, além das desavenças com a liderança, relacionadas com a disputa por terras indígenas, culpava a vítima pelo fato de ter “apoiado” sua prisão preventiva no ano de 2016.

O crime também teria tido motivação financeira, pois a vítima, enquanto cacique, se opunha à invasão de áreas detidas por particular e reivindicadas pelos indígenas, de modo que o acusado tinha, junto com os demais acusados, interesse em plantar naquelas terras, o que vinha sendo objeto de oposição pelo cacique Antonio Mig Claudino.

Durante o julgamento pelo Tribunal do Júri serão ouvidas cinco testemunhas arroladas pelo MPF e, na sequência, os réus serão interrogados. Passada esta fase, a sessão plenária seguirá com os debates orais da acusação e das defesas, as quais têm 2h30min de tempo cada. Tem a possibilidade, ainda, da réplica e da tréplica. E por último a juíza presidente se reunirá com os jurados para votação dos quesitos.

A figura abaixo ilustra o movimento dos atiradores e da vítima no dia do crime. 

  

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