TRT-2 participa de encontro nacional no STJ sobre equidade racial no Judiciário

O TRT da 2ª Região participou, nessa terça-feira (9/12), do Encontro Nacional de Juízes e Juízas Negras e do Fórum Nacional de Juízas e Juízes contra o Racismo, realizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília-DF. O evento reuniu magistrados(as), servidores(as) e pesquisadores(as) de todo o país para discutir políticas de enfrentamento ao racismo no sistema de Justiça brasileiro.

O TRT-2 esteve representado pelo juiz Ademar Silva Rosa e pelo servidor Filipe Gioielli Mafalda, que acompanharam os debates promovidos durante o encontro, cujo tema foi “Vivências negras: Justiça, Identidade e Pertencimento no Sistema de Justiça”.

As discussões contemplaram tópicos como desafios enfrentados por crianças e adolescentes negros, saúde física e mental da população negra, racismo ambiental e processos de invisibilização. O presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, destacou que o Judiciário possui diagnósticos consolidados sobre desigualdades raciais, mas que é preciso avançar na implementação de medidas efetivas. “O que buscamos aqui são ações concretas”, afirmou.

Confira álbum de fotos do evento.

Mutirão Racial

Na programação do encontro, foram divulgados os dados preliminares do Mutirão Racial 2025, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A iniciativa teve por objetivo impulsionar a tramitação de processos relacionados à temática racial em tribunais de todo o país, incluindo casos de discriminação, injúria, crimes de ódio, direitos de comunidades quilombolas e processos envolvendo trabalho análogo ao de escravo.

De acordo com o levantamento, ao menos 3.150 processos passaram a tramitar com prioridade em 16 tribunais brasileiros, dos quais 2.591 foram efetivamente impulsionados, com registro de movimentações processuais.

Durante a apresentação, foram citadas práticas adotadas por diferentes tribunais. Entre elas, a iniciativa do TRT-2, que realizou a identificação de processos envolvendo grupos com maior incidência de pessoas negras, como trabalhadoras domésticas e casos relacionados a trabalho análogo ao de escravidão. O procedimento permitiu organizar e mapear esse conjunto de ações para fins de acompanhamento.

 

*Com informações da Agência CNJ de Notícias e do Portal G1