“Discriminação de Gênero e Assédio” foi o tema da segunda palestra promovida pelo Projeto EntreNós, iniciativa da Direção do Foro da Seção Judiciária do Paraná, em parceria com a Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação (CPEA). O evento tem apoio do Núcleo de Educação Corporativa.
A palestra aconteceu na tarde desta segunda-feira (15), no auditório da sede Cabral da JFPR, com transmissão via Zoom. Ao proferir a abertura do evento, a vice-diretora do Foro da Seção Judiciária do Paraná, Luciane Merlin Clève, destacou a importância de se falar sobre a questão da discriminação de gênero e do assédio. “É com muita alegria que recebemos as doutoras e professoras. Esse aprimoramento nos faz refletir, questionar e ver o que hoje é permitido ou não, o que é saudável ou não em um ambiente de trabalho, em termos de discriminação”, afirmou a magistrada.
Bárbara Ferrito e Patrícia Maeda falaram sobre a forma como as mulheres são encaradas no mercado de trabalho e sobre como este mercado estrutura a desigualdade de gênero. “A sociedade, incluindo o Direito do Trabalho, determina papéis e tarefas que demandam tempo a certos grupos; por isso, a liberdade do que fazer com o tempo não é igual para todos. No caso das mulheres, a sobrecarga de tarefas domésticas tira delas a disponibilidade para um mercado de trabalho que cada vez mais demanda tempo do trabalhador.” afirmou Bárbara Ferrito.
Sobre a questão do assédio, as palestrantes evidenciaram que, quando uma mulher entra no mercado de trabalho, ela não é vista como uma trabalhadora, mas como uma mulher. “Se você olhar para o assédio sexual como um problema apenas de violação à liberdade sexual, não vai conseguir entender que a grande questão do assédio sexual são relações de poder, a ideia de que a mulher é um objeto e que o corpo dela está disponível simplesmente por sua presença no ambiente de trabalho.”
Sobre o Projeto EntreNós
O EntreNós é um programa elaborado a partir de muitas mãos, com a finalidade de dar concretude à política institucional de prevenção do assédio e da discriminação, contribuindo para a construção de espaços de trabalho dignos, seguros e saudáveis.
A ideia é realizar eventos voltados à formação em cumprimento às diretrizes da Resolução 351/2020, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a qual instituiu, no âmbito do Poder Judiciário, a Política de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação.
Bárbara Ferrito e Patrícia Maeda falaram sobre a forma como as mulheres são encaradas no mercado de trabalho e sobre como este mercado estrutura a desigualdade de gênero ()
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