A Rede Equidade, com o apoio do Superior Tribunal de Justiça (STJ), promoveu, nesta segunda-feira (12), o seminário Direitos Humanos na Gestão Pública: Diversidade, Equidade e Inclusão. O evento ocorreu das 9h às 18h, no auditório do Conselho da Justiça Federal (CJF), e pôde ser acompanhado presencialmente ou pelo canal do STJ no YouTube.
Leia também: Especialistas discutem os direitos humanos na gestão pública
As atividades da tarde começaram com uma apresentação de moda de viola da dupla Flor e Ly, que trouxe a ##representação## das diferentes regiões do país para o palco de um evento fundamentado na diversidade. O primeiro painel da tarde, “Diversidade, Equidade e Inclusão Impulsionando a Agenda dos ODS nas Organizações”, abordou o papel das empresas privadas no avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da ONU, em especial os relativos à igualdade de gênero e de raça.
Para a moderadora do painel, Ketlin Feitosa, assessora-chefe de Gestão Sustentável do STJ, o momento é de abertura para um diálogo com a iniciativa privada, mais avançada em questão de práticas de inclusão e de diversidade.
O estabelecimento de metas e práticas concretas foi um ponto salientado durante as apresentações de Tayná Leite, do Pacto Global da ONU; Beatriz Accioly, do Instituto Avon e do Grupo Natura&Co; e Adriana de Carvalho, da ONG Generation Brasil. As palestrantes trouxeram suas perspectivas e experiências com políticas efetivas de diversidade, equidade e inclusão em empresas brasileiras. Ao final, foi aberto espaço para participação do público, momento em que foi abordada a questão da linguagem inclusiva dentro das iniciativas compartilhadas.
Mulheres refugiadas e direitos humanos
Com o tema “Mulheres Refugiadas e Direitos Humanos”, o terceiro painel contou com a participação de Larissa Geritana (Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro), de Silvia Sander (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR), do procurador Guilherme Rocha Göpfert (Ministério Público Federal) e com a moderação da juíza Amini Haddad (Conselho Nacional de Justiça – CNJ).
Silvia Sander falou sobre as pessoas em deslocamento forçado, considerando o recorte de gênero e orientação sexual. “O desafio é conseguir visibilizar as populações e os riscos que as acometem de maneira específica a partir de políticas públicas e do diálogo com a sociedade”, declarou.
O procurador da República Guilherme Rocha Göpfert trouxe a experiência adquirida no recebimento de refugiados no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. “É preciso buscar saídas não episódicas. O Estado brasileiro tem condições de oferecer estrutura de acolhida humanitária permanente”, apontou.
Larissa Geritana tratou da perspectiva da sociedade civil organizada e destacou a importância da gestão tripartite para o tema. Segundo ela, a principal dificuldade reside na falta de informação por parte da sociedade a respeito dos direitos de pessoas migrantes, solicitantes de refúgio e refugiadas. “Além da articulação federal, os comitês estaduais e conselhos municipais podem ajudar a resolver os problemas do dia a dia do migrante”, completou.
O evento se encerrou com o registro de um número elevado de participantes e com a lembrança de que o seminário deverá se repetir anualmente.